sexta-feira, 15 de abril de 2016

Fui – eu – e nada mais!



No fundo,
quero a morte do futuro.
Repudio ser
o que hoje não sou.

Reformas,
mudanças,
renascimentos,
deixo para doutrinas
e serviços especializados.

Não sou pássaro,
para pegar fogo,
renascer das cinzas.
Sou cinza,
que na menor faísca,
incendeio!

Mas não renasço.
Sou eu! Minha soma de passados.

Não almejo o que se foi.
Nem me encanta o que há por vir.
Para que o amanhã?
Não desejo dormir.

Insônia, me nine em seus braços,
e não deixe que eu vá.

Acordado no hoje,
sou eu.
Dormindo,
amanhã quem será?

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