domingo, 17 de janeiro de 2016

Ehhh...Coronel!

Ehhh...Coronel!
Herdaste em teu nome, um fardo demais por pesado.
Peso de entulho, de uma cidade lixo!
Lixo nas ruas, no legislar, no executar...
Lixo em tudo que é lugar!

Ehhh...Coronel!
Os homens e mulheres, deste lugar bombardeado,
já não sabem o que é olho no olho,
com tanto nariz empinado!
Vão passando igual rolo compressor.
Trombando, e destruindo, o que ainda restava.

Ehhh...Coronel!
Se em Minas não tem mar, aqui há!
Mar de corrupção!
Nadam em suor salgado, gotejado, mirrado,
dos poros de nossos trabalhadores.
Fiquei sabendo, que pelo excesso de nada,
agora também estão a recolher lágrimas
para nutrir o nosso imenso oceano!

Ehhh...Coronel!
Nas beiras dos rios, nos altos dos morros, nos cantões,
ainda há beleza!
Beleza triste, faminta, que não brinca,
e não tem onde morar!
Aqui coronel,
nem todos podem aproveitar do mar particular!

Ehhh...Coronel!
Do teu túmulo ninguém o há de tirar!
Possui lápide pesada.
E se cavar?
Encontrará de ti somente o pó!
E ai?

Teremos todos que limpar!

Amizade

Primeiro,

Chegarão sempre em primeiro!

Com eu poeta,
Você versador!
Vice-versa:
Eu versador,
Você poeta!
Nunca será vice! Como versa!

Lá da Bahia me vem o outro...
Na conversaaa...
Vixe... como versa!
Porque não escreve este poeta?
Eu lhe digo:
- Coma sempre poesia igual água!
Mas solte os versos, vixe!
Você nunca será vice!
Agora eu que como água!

Com poesia lhes falo:

- Nunca,
Nunquinha...
Não é conversa! Sim, com versos...

- Mesmo em segundos...

Para mim, serão sempre os primeiros!


                                                                                 Maurício Lacerda Caldeira Filho

sábado, 16 de janeiro de 2016

Globalização Não Humanizada

E a vida com dois toques na tela!
Manancial de likes...
Esquerda, direita...
E a geografia já não decide mais o Mundo!
Qual o seu Mundo? Qual a sua direção?
Direita...
E se canhoto, o que curtir? O que tu és? Sinistro?
E se destro gosta mais de que? De quem?

Em um Mundo de telas,
As tuas mãos decidem o que é!
Já decidiram o teu prazer!
Qual o teu prazer?
Quantas curtidas? Curtiu?

Emparedada em pixels...
O que há? O que houve? Ouve? Há?

Direita, esquerda...
Qual lado? Qual mão? Qual lado?
Restaurante de libidos,
Com cardápios de gente!
E ao dormir sozinha, sem saber nada sobre o que és...
Já foi!
Acordou?
No sono profundo a direção pouco importa!
Qual a direção?

Esquerda, direita,
Tuas mãos!

As constelações se foram!
Somos portugueses, guiados por onde o português já não importa!
Estrela do Norte?
Não há frente!
Pra frente?

Direita, esquerda...
Qual a sua frente?
Sua?
Já não é você...
Nunca foi!


                                                                       Maurício Lacerda Caldeira Filho
                                                                       senhorjotaneto.blogspot.com.br

                                                                                       16/01/2016

Décima Maravilha

Te amo! Simples. Em duas palavras!
Mais simples que uma frase,
somente o amor de uma palavra:

Amo-te!

E o que te falo é pura realidade.
A real sinceridade possui beleza única!
Certamente é a décima maravilha do Mundo!
A nona considero Beethoven como dono!

Mas a décima...

Um décimo de sinceridade,
e o Mundo não terá,
e sim, será,
uma imensa maravilha!

- Te amo!

Não é a décima primeira...

- Te amo!

Também!

                                                                              Maurício Lacerda Caldeira Filho
                                                                               Sr. J. de Todos os Nomes Neto

                                                                           www.senhorjotaneto.blogspot.com.br

As Faces da Morte

Quando nasce,
É dada a luz à primeira morte.
Aquela que, em certeiro golpe,
vai lhe acertar com sua foice de sete palmos.


A “segunda morte”,
a não personificada.
O nada...
A ausência eterna...
Esquecimento...
Essa,
mesmo “morto primeiro”, não vou aceitar.
Assusta-me ser jogado ao infinito de “não ser”!

Assim,
sempre a mato
com histórias aumentadas
nas festas de família,
onde caem fácil no meu fabular!

Mato com os meus amigos,
que da minha loucura nunca esquecem.
Sou mentecapto nunca contido!

Acerto o presente que flutua pelo futuro,
com todas mentiras que contar!


Já a “terceira morte”,
A morte da vida, ao viver!

A “primeira morte” adiada,
pelo medo de fazer alguém que ama sofrer.

O morto que anda.
Zumbi,
não dos palmares.

O defunto que da cama e lençol,
faz seu caixão de panos pesados.
Enterrado na depressão de sete, loooongos, palmos.

Aquela que lhe tira o ouvir das palmas,
que os outros estão a bater!

A que não convida a alegria
para o teu funeral constante do dia a dia.
Velando, sem vela, a sombra do próprio corpo.

A “terceira”,
esta não se tem que matar.
É necessário chocar,
dar vida!

Assim o coração, que um dia, morto, somente bateu,
começa a cantar: - Pi....Pi....Pi....
Logo enxerga a felicidade no infeliz do beco.
E até “canta” as moças,
que lindas, e cheias de graça, passam em Ipanema.


                                                                                                     Maurício Lacerda Caldeira FIlho

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

A corda da peneira!

Acorda!!!

Pegue a tesoura e
Corte A corda!


                                                   Maurício Caldeira
                                                    @mauricio_cald

Mulher

Nada como o desejo febril
Por uma Mulher,
Que sabe ser Mulher em sua maturidade,
Sabe ser Menina em suas brincadeiras,
Sereia em sua profundidade,
Bailarina ao dançar conforme a melodia da vida:

No balé da elegância,
No blues com intensidade,
No jazz, dança com a liberdade,
No axé a alegria,
No pagode o rebolado,

No Tango: dançamos os dois!
Passo pra cá, passo pra lá...
Tu passas!

E vem com teu olhar frio,
Me esquentando...

Ahhh... se tivesse palavras...


Certas mulheres nos deixam mudos!


                                                                                       Maurício Caldeira
                                                                                        @mauricio_cald

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

O segredo

Vejo na poesia, fantasia infantil,
que jogando “imaginar”,
alcança no simplório, o infinito.
No pequeno, algo ainda mais ínfimo.

Assisto na poesia jovial, fantasia revolta,
que querendo “mudanças”,
surta,
grita,
escala,
e chega ao topo dos “grandes”.
Criticando fervorosos,
aqueles que insistem em não descer.

E em mim, adulto, percebo na poesia,
a queda,
a chegada
do “eu” introspectivo a exclamar!

Ao Imaginar:
            Sou infinito...
 que chegando ao grande...                    
                              ao pequeno...
           caio ao meu profundo ínfimo...
     para então poder começar a poetar!

Vou lhes dizer, agora, o segredo para fantasiar:

Sempre dar tchau ao complexo,
para, no terreiro simples, da imaginação,
cada um,
somente jogar o milho
e deixar a ideia
                            B
                                 I
                                     C
                                          A
                                              R

                                                   !



                                                                                                      Maurício Caldeira
                                                                                                       @mauricio_cald

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Neto do Nada

Escrevo através de tudo,
           nunca sobre
             tudo!
Talvez até sobre o nada.
Penso que “do nada” surgem as inspirações,
“do nada” eu sou filho, sou Neto!
“Do nada” a conheci nadando na vida!
Acendi e ascendi de maneira única.
“Do nada”, sempre “do nada”.
No budismo se fala:
“Tudo é Nada, e Nada é Tudo”!
Assim falando tudo,
me despeço com um enorme nada.
E um dia ao me falar obrigado,
responderei: - “de nada”.

“Obrigado, de nada!”.
O que era educação, hoje é final de ofensa.

No fim,
Tudo Nada!
Tchibum!!!

                                                              Maurício Lacerda Caldeira Filho
                                                                      www.senhorjotaneto.blogspot.com.br
                                                                                             @mauricio_cald
                                                                                                  11/01/2016



Horóscopo chinês

Dos lascivos momentos em que nos entregamos...Juntos...
Procuro justificativas para tanta ânsia,
Tanta sofreguidão,
Tanta loucura,
Tanta paixão...
Sentimentos em profusão, todos de uma só vez...
Mergulho de cabeça em numerologia,
Em búzios, tarot, horóscopo chinês.
O meu corpo no teu,
Tua boca na minha...
A pele eriçada, o sangue em borbulhas...
Certezas que eu tinha.
Mistério... Cio... Cheiro de mato...
Você um tigre,
Eu um gato.


                                                        Maria Ângela Drumond Araújo

                                                                                10/01/2016


Tenho o orgulho de hoje poder postar um poema, de autoria da minha mãe, em meu blog. Ela que havia perdido o gosto por ler e escrever, o recuperou, com elegância e primazia, escrevendo o poema acima. Estou muito orgulhoso e feliz por minha mãe, e pretendo, futuramente, postar, em meu blog, todos os poemas que ela virá a escrever. Parabéns minha mãe! O poema é sensacional!!!    

Seres de se...

Se
Ser...
Talvez
for somente
ser
um ser de "se...".
Viver de ser
um "se..."
no meio da multidão
dos seres
de si!
E durante a vida... Sim!
Ser!
Para no derradeiro final,
não perguntarmos:

- E se?


                                                                                                      Maurício Caldeira
                                                                                             @mauricio_cald

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

(Liberdade Restrita)

Digo:

A total
e real liberdade,
é um profundo pavor!

É necessária a prisão
para nos acorrentarmos,
conectarmos aos nossos desejos.

Assim...

Retidos
e iludidos,
no hospício Terra,
aproveitamos da falsa,
porém alegre
e irreal (Liberdade)!


                                                                                        Maurício Caldeira
                                                                                                       @mauricio_cald

Novamente, o blog não me forneceu as ferramentas necessárias para que reproduzisse fielmente a poesia. Preso a tais limitações de ferramentas, tive a (liberdade) de alternar a versão original. A mesma, era composta de uma caixa em volta da palavra liberdade, no título, e ao final do texto. Libertinamente, fiz como todos os seres humanos. Adaptei-me, prendendo aos parênteses, fazendo-os ocupar a função que não eram deles! No final das contas, me prendi, e prendi os parênteses!     

Eu MuDo

Eu:           !
Mudo

                          mUdO

MUdO

                                        mudo
    MuDo





 mudo



                                                                                                                 Maurício Caldeira
                                                                                                       @mauricio_cald


Infelizmente as ferramentas do blog não contribuíram para que o poema ficasse em sua forma original. Mas como ele fala tantas vezes em mudanças, tomei a liberdade de adapta-lo, para que possam usufrui-lo! Abraços!